ter, 06 de mar/2012
FONTE: Portal Três Lagoas
A comitiva de MS foi convidada a acompanhar o ato realizado no Palácio do Planalto, justamente por conta da realidade de muitos trabalhadores em Três Lagoas.
O diretor da Força Sindical Estadual, Eurídes Silveira de Freitas, acompanhado do presidente do Sintiespav-MS (Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil Pesada, Pavimentação e Obras de Terraplanagem), Antônio Luiz de Oliveira, e do presidente do Sintricom - Três Lagoas (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil e Imobiliário e Cerâmica de Três Lagoas), Aguimar Luiz de Souza, esteve em Brasília, nesta quinta-feira (1º), para participar de cerimônia com a presidenta Dilma Rousseff, o ministro do Trabalho e Emprego, Paulo Roberto Santos Pinto, empresários, trabalhadores e sindicalistas, que oficializou o Compromisso Nacional para Aperfeiçoar as Condições de Trabalho na Indústria da Construção.A comitiva de MS foi convidada a acompanhar o ato realizado no Palácio do Planalto, justamente por conta da realidade de muitos trabalhadores em Três Lagoas. A exemplo de outros municípios, muitos foram recrutados em seus estados de origem apenas com a promessa de emprego e, no entanto, alguns foram deixados no Município, sem moradia ou até mesmo passagem para voltar para a cidade natal.
“Pelo que temos notícia e acompanhamos em Brasília, a situação muitas vezes precária dos trabalhadores de grandes obras não é algo exclusivo de Três Lagoas. No país inteiro houve a cobrança de entidades sindicais por melhorias de trabalho e vida dos trabalhadores”, enfatiza Eurídes Silveira.
O documento assinado pelos representantes da Secretaria-geral da Presidência da República, do Ministério do Trabalho, da Câmara Brasileira da Indústria da Construção e mais 12 entidades de classe, abrangerá uma única obra, conjuntos de obras e/ou frentes de trabalho em âmbito local ou regiões delimitadas. As diretrizes nele definidas devem ser aplicadas de modo a abranger o trabalho prestado também em empresas subcontratadas e tanto para obras de interesse público quanto para as realizadas para fins privados.
Um Plano de Ação para cada obra, é uma das inúmeras obrigações assumidas pelo grupo. Através deste, serão norteadas as ações de recrutamento, pré-seleção de trabalhadores com o intuito de coibir a prática de intermediação ilícita e a contratação precária de trabalhadores, feita pelos chamados “gatos”.
Outro avanço na visão dos sindicalistas é a criação de comitês que atuarão nas obras. De acordo com o Compromisso Nacional, as partes, ao aderirem ao documento, comprometeram-se a constituir um Comitê de Gestão e Saúde e Segurança no Trabalho, formado de representantes de empregadores e trabalhadores, para cada obra, frente de obras ou conjunto de obras,
Além disso, em cada canteiro ou frente de trabalho abrangida pelo acordo - e que tenha duração de execução igual ou superior a seis meses - terá que existir uma representação sindical, por local de trabalho e nos seguintes termos: comissão de trabalhadores composta por 01 representante para obra com 200 empregados ou mais, acrescido de 01 representante para cada grupo de 500 empregados adicionais, até o limite de 07 membros; os representantes deverão ser indicados pelo Sindicato de Trabalhadores preponderante; os representantes deverão estar no exercício de suas funções e ter cumprido o período de experiência do contrato de trabalho; o mandato dos representantes será de 06 meses, renovável a critério do Sindicato.
No que se refere aos alojamentos, transporte de trabalhadores, cada parte envolvida também tem sua responsabilidade. Por exemplo, durante o período de deslocamento até a obra, de realização da seleção ou, quando for o caso de retorno ao local de intermediação, bem como, se for selecionado até a efetiva contratação, as empresas terão que fornecer ao trabalhador alojamento, alimentação e atendimento médico de urgência/ emergência, assumindo todos os gastos decorrentes da etapa de seleção, bem como, disponibilizar áreas de vivência com acesso a telefones e à internet, entre outras coisas.
Também estão previstas ações para elevar a escolaridade e garantir a certificação profissional dos trabalhadores, além da valorização dos processos de inovação tecnológica.
“A avaliação que faço do documento é muito boa, sobretudo, se for colocado em prática tudo que está definido no Compromisso. É uma demonstração de amadurecimento, tanto por parte da classe trabalhadora quanto da parte patronal”, comenta o representante do Sintiespav, Antônio Luiz de Oliveira.
Ele acrescenta que o descumprimento de leis trabalhistas - em relação aos direitos dos trabalhadores e deveres das empresas - culminou nas várias paralisações ocorridas em Três Lagoas.
Para Aguimar Luiz de Souza, que preside o Sintricom - Três Lagoas, a formação de comissões tanto para cuidar da saúde e segurança do trabalhador quanto para fazer a ponte com os sindicatos, é a principal contribuição do documento assinado no Distrito Federal.
“É um acordo que fortalece a classe trabalhadora e que permitirá aos sindicatos atuarem mais dentro das obras”, destaca.
O Compromisso Nacional para Aperfeiçoar as Condições de Trabalho na Indústria da Construção vai vigorar até o dia 31 de dezembro de 2014, podendo ser prorrogado com a concordância de todas as partes.
Em Três Lagoas, o número de trabalhadores presentes nas grandes obras chega a pelo menos 20 mil.
A Força Sindical vai usar de todos os recursos jurídicos para garantir a reintegração da costureira, Michelly Alves, presidente do SINDFIO, Sindicato das Costureiras e Trabalhadores nas Indústrias de Fiação, Tecelagem, Vestuário, Couro e Calçados de Catalão/GO, demitida da empresa EMBRASATEC, no dia 27 de fevereiro de 2012, depois de trabalhar por um ano e seis meses na empresa.
A greve dos 60 motoristas de empilhadeiras e pás-carregadeiras da empreiteira Rodoviário Líder, que presta serviços à Usiminas Cubatão, anteriormente decretada para a manhã desta segunda-feira (27), está suspensa.
Hoje, dia 27, às 13h30,na sede da FIESP, em São Paulo, entidades patronais, centrais sindicais e sindicatos estarão reunidas para discutir a grave situação da indústria instalada no país e definir uma pauta de ações que serão cobradas do governo com o objetivo de estimular a produção, aumentar a competitividade e devolver ao setor produtivo sua capacidade de gerar empregos e riquezas.
Em 2 anos, Previdência liberou mais de 350 mil benefícios; as drogas ilícitas afastam mais do que álcool e cigarro
Decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) determina que empresas podem consultar os serviços de proteção ao crédito para a contratação de funcionários. De acordo com a 2ª Turma do TST, não existe proibição legal para a pesquisa de dados junto a serviços de proteção ao crédito, de registros policiais e judiciais. Com esta tese, os ministros do Tribunal negaram recurso do Ministério Público contra o processo seletivo realizado por uma rede de lojas, que se utilizava de dados públicos para analisar previamente os candidatos a emprego.
A mão de obra na construção ficou 11,79% mais cara nos 12 meses finalizados em fevereiro, o maior aumento para um período de 12 meses desde 2004, segundo levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV). No período, o Índice Nacional de Custo da Construção - Mercado (INCC-M) avançou 7,93%.
O historiador Jorge Ferreira, professor da Universidade Federal Fluminense, acaba de lançar mais um livro sobre o Trabalhismo, desta vez “João Goulart, uma Biografia”. Nele resgata a trajetória do presidente derrubado pelos militares em 64 que caiu, segundo Darcy Ribeiro, pelos seus méritos. O livro de Jorge Ferreira desqualifica os que rotulavam Jango de populista. “Populista é sempre o outro, aquele de quem você não gosta”, argumenta. Jorge Ferreira deu entrevista à “Folha de São Paulo”, que reproduzimos. (OM)
Nenhum dos cinco Estados da Federação que adotam a política de salário mínimo regional decidiu até agora qual será o piso em 2012. São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul já começaram as negociações entre centrais sindicais e federações patronais, que devem ser mais duras neste ano. Cerca de 15,7 milhões de pessoas recebem salário mínimo regional nesses Estados.